Sinais do tempo

A palavra profética contêm sinais evidentes de que a segunda vinda de Jesus está às portas. “Sinais dos tempos” são fatos profeticamente preditos que, quando acontecem, constituem prova de que outras profecias já aconteceram ou estão para acontecer. Existem sinais reais, pelos quais é possível determinar que “o Filho do Homem já está às portas”. Embora os sinais mostrem que “o dia está próximo”, não se pode estabelecer o retorno de Jesus, pois “daquele dia e hora, ninguém sabe”. Podemos dividir os sinais dos tempos em vários grupos, são eles: os sinais em cima no céu; os sinais em baixo na terra, como os terremotos, fomes e pestilências; os sinais na vida religiosa, como as perseguições, o ecumenismo, falsas doutrinas e o grande número de escarnecedores; os sinais na vida social, como o egoísmo, o aumento na criminalidade, o grande avanço tecnológico e os sinais na vida moral. O grande sinal da vinda de Jesus é o povo de Israel. Israel ocupa um lugar de destaque na palavra profética. Deus prometeu tornar a ajuntar Israel dentre as nações, e trazê-lo à terra de seus pais. Isso acontecerá “no derradeiro fim”. A restauração dos judeus pode ser dividida em duas partes distintas: a restauração nacional e a restauração espiritual. O grande milagre – a volta dos judeus a Palestina – já aconteceu diante desta geração. Algumas datas da história desses últimos anos que se relacionam com o cumprimento das profecias sobre a restauração nacional de Israel são: 1987 – quando foi realizado o I Congresso Mundial Sionista, onde foi aprovado o programa para a formação do novo Estado de Israel; 1917 – A Palestina foi liberta do domínio Turco-otomano pelas tropas britânicas, sendo ocupada pelo Reino Unido; 1948 – Nesse ano os judeus proclamaram sua independência nacional na véspera do fim do mandato britânico sobre a palestina; 1967 – Ano que eclodiu a chamada “Guerra dos Seis Dias”, quando 11 nações árabes decidiram expulsar os judeus da Palestina. A volta de Israel à Palestina constitui o cumprimento exato da profecia a respeito do “vale de ossos secos” (cf. Ez 37.1-14). “Um vale que estava cheio de ossos... mui numerosos... sequíssimos” (cf. Ez 37.1,2). Esses ossos, conforme a interpretações da própria Bíblia significavam “toda a casa de Israel”. A expressão de Ez 37.4 refere-se à operação do Espírito Santo, que despertou entre os judeus de todo o mundo um desejo de retornar a sua terra. O “ruído” do qual fala Ez 37.7 representa o grande movimento sionista iniciado em 1896. “E eis que se fez um reboliço, e os ossos se juntaram cada osso ao seu osso” (Ez 37.7). O cumprimento literal dessa parte da profecia se deu quando os ossos secos (os judeus) se uniram para formarem um corpo nacional no ano de 1948, um país independente! A palavra em Ez 37.8 representa o progresso singular que tem caracterizado Israel após sua independência nacional. “Mas não havia neles espírito” (Ez 37.8). Essa parte mostra que, apesar de toda bondade do Senhor para com Israel, este povo continua no seu endurecimento espiritual. A parte final da profecia, encontrada em Ez 37.9, fala da restauração espiritual de Israel, que acontecerá no fim da Grande Tribulação, quando Jesus voltar. Nesta ocasião todos se converterão em um só dia. Vivemos em um tempo em que todas as profecias sobre Israel estão se cumprindo. Vejamos algumas: • A profecia em Ezequiel 37.16-22, a respeito da reunificação das 12 tribos de Israel, caminha para o seu cumprimento. • O ódio implacável das nações que cercam Israel é também predito pela palavra profética. • A profecia também diz que Israel como nação independente experimentará uma posição de muito respeito diante das nações em redor. Todas essas profecias são um aviso muito sério para todos! Importa esperá-lo e estar preparado. A situação política entre as nações é um importante sinal. A Bíblia indica a existência de muitos fatos entre outras nações que constituem um sinal da iminente vinda de Jesus. Os últimos tempos serão uma época de pactos e de blocos entre as nações. As profecias falam dessa realidade, que se cumprirá durante a grande tribulação. A palavra de Deus demonstra que serão constituídos três importantes blocos de nações. Em Apocalipse 13.1-8, vemos que o bloco do poder político que sustentará o anticristo durante seu domínio na grande tribulação é simbolizado por uma besta com sete cabeças e dez chifres. Este será o remanescente do antigo Império Romano. Essa notável visão do apóstolo João na ilha de Patmos foi uma confirmação das duas visões que o profeta Daniel experimentou setecentos anos antes (Dn 2.19-44; Dn 7.23-26). A formação de agrupamentos de nações nos últimos dias, segundo as profecias acima mencionadas, já está acontecendo. A situação da antiga URSS (Rússia) – hoje Federação Russa – também cumpre as profecias. Lemos em AP 16.12, acerca dos reis do oriente que se manifestarão e ganharão importância nos últimos dias. Haverá guerras e rumores de guerra. Pelo fato de existirem essas forças destruidoras, compreendemos melhor as profecias em Ap 8.7; Ap9.18; Ap 16.8,21. Haverá sinais entre o povo de Deus. A palavra profética divide em dois grupos aqueles que confessarão o nome de Deus nos últimos tempos: os que se dizem crentes (crentes nominais) e os que são realmente crentes (crentes de fato). Outras profecias revelam que existirão atitudes diversas no meio dos crentes, também diante de outras realidades espirituais. Terão diferentes atitudes com relação à santificação. Lemos em Ap 22.10,11. Haverá diferentes atitudes com relação à obra do Espírito Santo. A parábola das dez virgens é muito ilustrativa nesse particular. Terá entre os crentes diferentes atitudes com relação à palavra de Deus: a palavra profética revela que quando chegar a “última hora”, o espírito do anticristo operará, introduzindo doutrinas perigosas. Diferentes atitudes na maneira de servir a Deus. Jesus revelou por uma parábola profética, que existirão dois tipos de servos: os “bons e fiéis” no serviço da “casa do Senhor”, e outros começarão a “espancar os seus conservos”, e em lugar de cuidar do trabalho do Senhor, começarão a “comer, e a beber com os bêbados” porque não estarão apercebidos de que a vinda de Jesus está às portas.

A Profecia Chave

Entre todas as profecias, há uma que se destaca das demais, pois ela constitui um código para percepção tanto da sequência, segundo a qual os últimos acontecimentos se desenrolarão, como sobre aquilo que no futuro irá acontecer: as setenta semanas de Daniel. A expressão “setenta semanas” trata-se da profecia de Dn 9, sobre as setenta semanas determinadas por Deus para execução e conclusão do seu plano para com o seu povo e a Cidade Santa, onde cada dia da semana representa um ano. Assim podemos calcular setenta vezes sete dias, isto é, 490 dias representando 490 anos. A profecia subdivide as setenta semanas em três partes distintas. A primeira parte compreende “sete semanas”, ou 49 anos. A segunda parte compreende “sessenta e duas semanas”, ou 434 anos. A terceira parte compreende a última semana, isto é, há septuagésima semana. Comparando a expressão em Dn 9.27 com a palavra de Jesus, quando profetizava sobre esses acontecimentos, fica provado que à septuagésima semana, sem dúvida representa o tempo da grande aflição. A contagem das setenta semanas parou. Isso porque na sexagésima nona semana, foi tirado o Messias. O intervalo entre a sexagésima nona e a septuagésima semana é chamado “A Dispensação da Igreja”. A duração dessa dispensação é desconhecida, pois ela permanecerá até a vinda de Jesus nas nuvens, e “daquele dia e hora ninguém sabe”. Uma coisa, porém é certa: enquanto a Igreja permanecer na terra, o anticristo não pode se manifestar. Vivemos atualmente no período da dispensação da Igreja. Com o arrebatamento da Igreja, iniciar-se-á à septuagésima semana, a Grande Tribulação, quando o anticristo “firmará um concerto com muitos por uma semana” (cf. Dn 9.27). Depois, na metade da semana (três anos e meio), o anticristo violará o concerto, pois “fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares” (cf. Dn 9.27). No fim da septuagésima semana, Cristo virá em glória e então ocorrerá a consumação, “e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (cf. Dn 9.27). O anticristo será aniquilado e lançado no lago de fogo. Quando Cristo vier em glória, Israel olhará para Ele e se arrependerá, sendo salvo em um só dia. O que Deus determinara para o seu povo, após as setenta semanas, então se cumprirá: “a justiça eterna” chegará a Israel. A nação estará completamente restaurada e entrará no Milênio para receber aquilo que Deus preparou para o seu povo.